Simpósio Nacional de Geografia Urbana

Mesas-Redondas

Mesa 1 (de abertura): Cidades e revoluções: espaços públicos, comuns urbanos e redes sociais: diálogo interdisciplinar no campo dos estudos urbanos e sociais

Palestrantes: Ana Fani Alessandri Carlos (USP), Ermínia Maricato (FAU-USP); Debatedor: Claudio Zanotelli (UFES)

Ementa: As cidades foram no passado e são atualmente espaços onde eclodiram os levantes, as revoltas e as revoluções. Nos últimos anos, o papel das grandes manifestações e rebeliões urbanas nos faz pensar nas cidades rebeldes, nos espaços onde, em dimensões e graus variados, ocorrem movimentos que interferem na Política. Está hoje em disputa nos espaços urbanos a vontade de instituir um espaço comum urbano em contraposição aos espaços capturados pelas instâncias privadas e pelos poderes públicos que, na maioria das vezes, têm favorecido os interesses neoliberais. Mas também nas cidades eclodem movimentos reivindicatórios pela restauração da ordem conservadora provocando tensões e reposicionamento nas estruturas socioespaciais. Na perspectiva de se interrogar sobre esses eventos e com o propósito de provocar o diálogo com diferentes áreas de saberes, a mesa se propõe a cruzar as leituras dos geógrafos com as perspectivas dos historiadores, dos antropólogos, dos sociólogos e dos urbanistas sobre o fundo, a forma e a densidade da Política na rua e na cidade, em outros termos, sobre o que faz do urbano a possibilidade de provocar transformações sociais.

 

Mesa 2: Práticas, utopias, distopias e heterotopias nas e das cidades do Norte e do Sul global: quais semelhanças, quais diferenças?

Palestrantes: Amélia Damiani (USP), Giancarlo Frabetti  (UFPA), Jan Bitoun  (UFPE), Marcelo Lopes de Souza  (UFRJ); Debatedor: José Borzacchiello (UFCE) 

Ementa: A utopia seria o não lugar, o lugar que não existiria, a distopia seria produto das consequências sobre o lugar da predação do capitalismo, heteretopia poderia se referir aos lugares inventados aqui e agora que, provocando alteridade, fazem com que se busque construir hoje um mundo à parte, um mundo que escape, ou reproduza, a estrutura social instaurada. Face aos mundos invocados por estas expressões e às práticas sociais nas cidades e das cidades quais são as experiências dos países do Norte global e do Sul global sobre esses novos mundos construídos ou a construir como forma de re-invenção da ordem social?

 

Mesa 3: Escalas, culturas e decolonialidade: novas perspectivas em geografia urbana

Palestrantes: Denilson Araújo de Oliveira (UERJ – FFP), Igor Robaina (UFES), Nécio Turra Neto (UNESP); Debatedor: Angelo Serpa (UFBA) 

Ementa: Quantas cidades podem existir no interior da mesma? Diante deste questionamento, emergem contextualmente distintas reflexões e práticas que envolvem o conhecimento e avançam no sentido de contestar narrativas hegemônicas sobre diferentes fenômenos, processos, segmentos e grupos sociais no espaço urbano. Nesse sentido, posicionalidades, reflexividades, encontros e rupturas de trajetórias marcadas por poderes, moralidades e aspectos culturais impactam diferentes dimensões nas relações de classe, gênero, sexualidade, étnico-raciais e outras noções nas espacialidades da vida cotidiana.

 

Mesa 4: Fragmentações, segregações, violência e urbicídio nas cidades brasileiras

Palestrantes: Jorge  Barbosa (UFF), Maria Encarnação Beltrão Sposito (UNESP/PP), Cesar Ricardo Simoni Santos  (USP); Debatedor: Marcio Piñon (UFF) 

Ementa: As fragmentações e segregações urbanas se revelam no Brasil atual por meio da crescente militarização do espaço urbano que tem como consequência o aumento da violência institucional e social, bem como do urbicídio urbano. Vive-se no país um estado de exceção com a ocupação de diferentes cidades e de bairros em diferentes estados brasileiros, de maneira episódica ou prolongada, por contingentes das forças de polícia e do exército. Diante desses fatos qual é a contribuição da geografia urbana para a compreensão desses fenômenos?

 

Mesa 5: Produção do espaço, da cidade e do urbano e nova ordem financeira internacional: unidade das questões sociais e ambientais

Palestrantes: Carlos Teixeira Campos Junior (UFES), Eudes Leopoldo (IETU/UNIFESSPA), Luciana Ferrara (UFABC): Debatedora: Beatriz Rufino (FAUUSP) 

Ementa: A problemática urbana atingiu dimensão planetária e com a financeirização incorpora nova potência que aumenta a exploração do trabalho e exacerba os processos espoliativos. Os problemas ambientais agravam-se e no limite ameaçam a própria sobrevivência do ser humano e do planeta. O momento exige a formulação de uma crítica ao modo como o espaço vem sendo produzido, para que novas formas de reprodução da vida e da natureza possam ser criadas.

 

Mesa 6: Economia urbana e regional e migrações

Palestrantes: Carlos Fernando Ferreira Lobo (UFMG), Eliseu Sposito (UNESP- P. Prudente); Debatedor: Regina Helena Tunes  (UERJ) 

Ementa: A economia urbana contemporânea como importante base de análise da constituição do espaço regional e urbano é uma das formas de interpretação da dinâmica de aglomeração/polarização e o desdobramento de um nexo associado de localização, usos da terra e de interações humanas. Ela se associa às análises e interpretações dos fluxos migratórios nacionais e internacionais em várias escalas frente à nova conjuntura regional e urbana que nos interroga sobre como a migração e as mobilidades têm respondido e impactado as novas formas de produção do espaço urbano e regional associadas às atividades econômicas. 

 

Mesa 7 (de encerramento): A geopolítica urbana na América Latina contemporânea: disputas dos  comuns

Palestrantes: Carlos Walter (UFF), Rodrigo Hidalgo (PUC- Chile), Mônica Arroyo (USP); Debatedora: Ester Limonad  (UFF)

Ementa: Há deslocamentos geopolíticos urbanos na América Latina contemporânea que se revelam por meio das disputas dos espaços públicos (ou comuns) entre movimentos neoconservadores e movimentos contestadores da ordem opressora. Quais são os processos em ação nas diferentes cidades dos diferentes países da região? Quais são as similitudes e quais são as discrepâncias? Como pensar nessa perspectiva os fatos urbanos da região?

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